sábado, 29 de outubro de 2011

Orçamento 2012 - Educação


Em 2011, a Secretaria Municipal de Educação melhorou a articulação com o Governo Estadual. A parceria trouxe benefícios quanto à capacitação dos professores aliada aos novos métodos tecnológicos de ensino, além de obter um considerável aumento no orçamento do próximo ano, estimado em R$ 4, 1 bilhões.
Para 2012, segundo a secretária Claudia Costin, serão construídas e reformadas 11 escolas no Município do Rio com o objetivo de capacitar e treinar os professores, visando construir um ambiente moderno nas salas de aula. Durante a Audiência Pública realizada ontem (25/10), na Câmara do Rio, pela Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização Financeira, foram discutidas as metas da Secretaria para o próximo ano, com destaque para a diminuição do índice de analfabetos funcionais cuja taxa vem sendo reduzida em 5% por ano, desde 2009.

Segundo Claudia Costin, é ainda desde 2009, início da atual gestão, que a Secretaria de Educação vem alcançando as metas estipuladas, através dos Programas de Reabilitação e Aceleração. Desde 2009, 18.500 alunos foram realfabetizados e 29.446 alunos estão em processo de aceleração (crianças que não concluíram a série devido a desistências no decorrer do ano). De acordo a secretária, o objetivo é igualar o nível da Educação alfabetizando todos os alunos em apenas um ano. Ela destacou que, já em 2010, foi possível observar a eficiência da Secretaria quando cerca de 80% dos alunos do 1º ano foram alfabetizados. “Para conseguir um ensino de excelência no Rio de Janeiro não podemos cuidar apenas de quem já sabe, temos que igualar e ajudar as crianças que ainda possuem defasagem de conhecimento e, para isso, o reforço escolar é o salto diferencial”, afirmou a secretária.

Para 2012 as novidades nas escolas são os programas de inclusão em novas tecnologias por meio da implantação, no Ensino Fundamental (1º ao 5º ano), de material e aulas digitais pelo Projeto Educopédia. O novo programa consiste em aulas digitais para cada disciplina através de materiais que dão suporte aos professores, novos planos de aula e jogos pedagógicos, tornando-as ainda mais atraentes. “Estamos estudando a possibilidade de distribuir um tablet para cada professor, assim eles poderão acessar o Educopédia a qualquer momento, e todas as apostilas que distribuímos em papel poderão ser enviadas diretamente ao dispositivo, permitindo constante atualização. Estaremos ainda contribuindo com o meio ambiente, evitando o desperdício de papel”, explicou a secretária.

Outra ação da Secretaria é ampliar o atendimento em creches e pré-escolas, proporcionando um ambiente adequado à criança em seus primeiros anos de vida, com reflexo no desenvolvimento físico e mental. A partir de 2009 foram criadas mais de 14 mil vagas nas creches públicas ou conveniadas. Para responder às demandas da população a secretária espera criar cerca de 30 mil vagas até o final de 2012 e aumentar o número de creches em 40 unidades no Município do Rio. Dentro da capacitação dos professores e novos concursados, que entraram para suprir a carência de profissionais na área, a Educação especial ganhou prioridade durante a contratação de 187 intérpretes de Libras e de elementos de apoio em salas de aula. Claudia Costin ressaltou que o objetivo é incluir, no espaço escolar, crianças e jovens com deficiências, garantindo o direito de aprender. A vereadora Andrea Gouvêa (PSDB), vice-presidente da Comissão, questionou os recursos recebidos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) para a Educação. Segundo a vereadora, apenas 18% estão sendo utilizados, e é dever da Secretaria alcançar a meta de 25% do Tesouro do Município do Rio. “A população é induzida a pensar que o orçamento aumenta e que este dinheiro está sendo aplicado nas salas de aula, porém não estamos vendo os resultados esperados”, reclamou a vereadora.

O vereador Paulo Pinheiro (PSOL) também questionou o orçamento da Educação e lembrou que “existe uma defasagem anual”. O parlamentar perguntou também se a secretária é a favor da terceirização. Claudia Costin esclareceu que o professor é uma atividade fim e, por isso, deve ser exercida por concursados.

Também participaram da Audiência, o presidente da Comissão vereador Prof. Uóston (PMDB), o Presidente da Comissão Permanente de Educação e Cultura, vereador Paulo Messina (PV), o subsecretário da Secretaria Municipal de Educação, Paulo Roberto Santos, e a diretora da MULTIRIO, professora Odaléa Cleide Alves.

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