Um debate, com a participação do secretário municipal de Meio Ambiente Carlos Alberto Muniz, marcou a comemoração do Dia Mundial do Meio Ambiente na Câmara do Rio.
No Brasil, o trabalho de preservação ambiental começou através da Secretaria Especial do Meio Ambiente, ligada ao Ministério do Interior e criada pelo Decreto nº 73.030, de 30 de outubro de 1973.
O tema do debate, realizado no Plenário da Casa, foi a campanha “Cidade Limpa, eu Apoio”, instituída pela Lei nº 5235/2011. Pela lei, é criada a campanha permanente para colocação do lixo em local apropriado. Para isso, a Prefeitura deverá afixar adesivos nas lixeiras, caminhões, maquinários e equipamentos da Comlurb, assim como avisos nas repartições públicas municipais e ônibus e micro-ônibus municipais.
Em abril foram recolhidas 91.492 toneladas de lixo, o que significa 521, 40 gramas/habitante/dia. O parlamentar também lembrou que o Centro é um dos locais mais castigados. A última medição do lixômetro marcou 2.911 toneladas recolhidas em um mês, cerca de 3.465, 45 gramas/habitante/dia.
O secretário Carlos Alberto Muniz, presente no evento, disse que “não é possível que uma pessoa jogue papel no chão porque existe outro para catar, isso é uma falta de educação e, consequentemente, de cidadania”. Muniz lembrou que o modelo sócio-econômico do país prioriza uma visão de sociedade em que a produção é cada vez maior, onde a pessoa tem que morar em lugar melhor, tem que ter um carro, além de outras coisas que nos remetem a um gargalo do qual não temos por onde sair. Mas não devemos ficar paralisados e a mudança pode ser feita a partir de pequenas ações, como por exemplo jogar o lixo no lugar certo.
“A maior parte do lixo recolhido na cidade segue para os aterros sanitários sem que seja separado, ou seja o reciclável do não reciclável, o lixo orgânico do lixo não orgânico”.
Carlos Alberto Muniz parabenizou a lei “Cidade Limpa” dizendo que as iniciativas são importantes e que, além da população começar a mudar seus hábitos, o Estado deve fazer o seu papel. Em suas ações, a Prefeitura decidiu encerrar as atividades no aterro sanitário de Gramacho e implantar Centros de Tratamento de Resíduos, introduzindo no Rio de Janeiro a real política de coleta seletiva. “Se o Poder Público não entra nisso, não vamos chegar a uma solução de impacto”, disse o secretário.
O Dia Mundial do Meio Ambiente foi criado em 1972 devido a um encontro promovido pela ONU (Organização das Nações Unidas) para tratar de assuntos ambientais que englobam o planeta. Desde então é comemorado todos os anos no dia 5 de junho e tem como objetivo despertar a população mundial sobre a conscientização da preservação ambiental.
De acordo com o secretário serão seis grandes áreas de manejo de coleta seletiva. As cooperativas também serão chamadas para uma organização que, segundo ele, transformaria os catadores em separadores, que trabalharão com luvas e higiene. O primeiro galpão para este fim será no centro do Rio, próximo ao Terminal Américo Fontenelle. Estas áreas irão reduzir a quantidade de lixo que vão para os centros de resíduos.
O Centro de Tratamento de Lixo de Seropédica já está recebendo o lixo da cidade do Rio de Janeiro. O lixo colocado em Gramacho representava uma despesa de R$ 9, 00 (nove reais) a tonelada, já o lixo colocado em Seropédica, representa uma despesa de R$ 38, 00 (trinta e oito reais). Segundo o secretário, a diferença é que em Gramacho só se pagava o transporte e se agredia muito mais o meio ambiente. O valor é o menor pago em todo o Brasil.
O próximo passo é que parte do lixo seja instrumento de geração de energia elétrica, se tudo correr bem, até o fim do ano quando será inaugurada, no Rio de Janeiro, a primeira geradora de energia de lixo. Por tudo isso
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